segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Inveja

Hoje eu me mordi de inveja, mordi e doeu..
Não porque inveja é coisa feia e ninguém merece curtir, mas porque o reflexo dessa inveja me fez refletir sobre muitas coisas..
Inveja não é apenas querer o que o outro tem, não é apenas a grama mais verde do vizinho.. Quando a gente introspecta o sentimento, percebe que pode ser insatisfação com a própria vida, apenas um querer que sua própria realidade fosse diferente, um pouco mais parecida com o tal comercial de margarina.
A gente também pode pensar, fazer uma grande retrospectiva e imaginar que se tivesse tomado aquela decisão no lugar daquela outra, que se tivesse agarrado aquela oportunidade no lugar de sair fugida com circo, tudo poderia ser diferente..
Sim, tudo poderia ser diferente; poderia ser melhor... ou pior... Quem sabe?
O sentimento de frustração é o que incomoda na estrutura dessa inveja, o questionamento dessas infinitas possibilidades como que desglorificando, desprestigiando o momento em que você está, o lugar onde você chegou, as pequenas conquistas e vitórias que você teve.
Senti inveja, fiquei mal comigo, ruminei o sentimento e percebi que isso tudo pode ser usado como combustível pra continuar indo em frente, pra mais uma vez organizar a cabeça, estabelecer objetivos e continuar com a vida, tomando novas decisões, percorrendo novos caminhos e vendo onde é que eles vão dar.
Desenhando o meu próprio comercial de margarina cheio de gatos, resgatando animais de rua, estudando, olhando a lua... um comercial de margarina com a duração de quase 30 anos.

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