sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Fim de semana agitado

...e né que o moço ficou doente? febre, moleza e S.A.
e eu acabei de dar um troço do pescoço...
ele com duas bolas de golfe no lugar das amígdalas e eu, só no pescocinho quebrado do É o tchan..
final de semana promete....

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Dentro de Malkovich

Eu hoje pensei que tinha desexistido de vez...
se bem que às vezes, eu tenho quase certeza disso, de que pessoas e lembranças e lugares são apenas imaginação minha, ou que simplesmente nada disso, muito menos eu, existe, que tudo que conheço, me incluindo, faz parte da imaginação de outra pessoa... complexo de John Malkovich.. só pode ser...
Mas, a semi-paranóia-malkovichiniana de hoje se deu duas vezes.
Hora de almoço, aquele embaço, nada digno pra se comer por perto, um calor típico de Hellcife, saímos eu e Madame Freitas pra pegar um ônibus até o shópis, tudo tranquilo até que meu cartão de passagem mágico desliga a maquininha do ônibus, simplesmente desliga e reinicia aquela coisa que eu não sei o nome... daí quando a peste do passajômetro <> volta anuncia que meu cartão não existe!
R$2.80 mais pobre, já que a bendita passagem subiu, fico lá olhando todo mundo barrado, e abarrotado, na frente do ônibus por causa do passajômetro que não queria funcionar mais...
Lá vamos nós ao banco ver quantos dinheiros eu ainda tenho e vamos pro refeitório-praçadealimentação...
Qual é a surpresa? meu cartão que é recusado, duas vezes seguidas!!!! e eu tinha acabado de ver o saldo, como seria possível?
vamos lá...
banco novamente..
eu jurando que tinham hackeado minha conta, retirado meus órgãos enquanto eu dormia, ou simplesmente era fruto da imaginação da Freitas, vou lá firme e forte checar meu extrato...
e o que eu tinha visto como crédito era DÉBITO, demência!!!! demência!!!
E nada do salário sair...
e nada do salário sair...
e nada do salário sair...
Não satisfeita com as condições sociofóbicas do mundo contra mim, protesto de estudantes contra o aumento da passagem, saí fazendo uma caminhada de 3 km até em casa, afinal de contas, quem disse que precisa passar ônibus?

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Her morning elegance

...e certas coisas me fazem feliz, enquanto não adormeço de ansiedade por estar mais perto do rio e do cheiro inconfundível da aurora.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Rosa Alice Branco

Não te importes amor
se tivermos a alma em desalinho.
Amanhã cortaremos as sombras do quintal
sem acreditar que as sombras devam ser
sombrias. Mas é reconfortante acreditar na língua
e na sabedoria popular
e em tudo o que nos torna cúmplices.

Não te importes se for outono. Nunca pensaremos
que as coisas declinam porque nos amamos,
conjugaremos todas as estações com este amor,
pagaremos os impostos - agora é mais fácil
com o multibanco -, escreverás cartas
e algumas deixarás de escrever
porque as penas do edredão são leves
e não é saudável resistir ao amor.

Não te importes se estivermos ocupados
com pequenas coisas. És tão belo
a limpar a louça como a dizer um poema,
a arrumar os papeis ou a desabotoar-me o vestido.
Pão nosso nos dai hoje e a torradeira amanhã bem cedo,
o forno quente, a manteiga a escorrer, a tua mão a segurar
a chávena e todas as coisas que nos fazem sorrir
só porque nos amamos e o sabemos
por hoje e pelo tempo que virá,
porque resistimos à burocracia e ao cansaço,
porque aprendemos a olhar o rio
a ver como é diferente quando o dia nasce, quando
a noite cai, quando uma chuva miúda torna a terra fértil
e cheira a estrume, a merda de alcatrão lavado.

Não te importes amor se hoje te amo tanto.
Amanhã tem mais uma sílaba
e é com ela que te conjugo entre os lençóis.

Affe, há dias que penso em postar esse poema, mas sempre leio e guardo no coração.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

desesperar, jamais.. mas ficar puta, sempre!

eu ainda quero acreditar na rapaziada,
mas é que ando cansada de ver tanta armação...
não quero ter que me armar, me forçar a mostrar serviço, a ser a mais descolada, a mais inteligente, a mais bem relacionada.
quero cada vez mais ser eu: abusada, sorridente, sincera e acima de tudo abusadamente eu.
gosto de trabalhar, gosto de ganhar dinheiro trabalhando, mas se pra isso eu dependo de fazer cena, quero mais não...
eu ainda quero acreditar que as pessoas reconhecem o real valor das outras sem a maquiagem diária e sem a atuação vertiginosa do dia a dia.

e saio cantando o Ivanlinho:
Desesperar jamais
Aprendemos muito nesses anos
Afinal de contas não tem cabimento
Entregar o jogo no primeiro tempo

Nada de correr da raia
Nada de morrer na praia
Nada! Nada! Nada de esquecer

No balanço de perdas e danos
Já tivemos muitos desenganos
Já tivemos muito que chorar
Mas agora, acho que chegou a hora
De fazer Valer o dito popular
Desesperar jamais
Cutucou por baixo, o de cima cai
Desesperar jamais
Cutucou com jeito, não levanta mais


quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

santa?

Aquela terra é tão santa que é ungida com o sangue de crianças em estéreis sacrifícios diários.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

tempo

O tempo ainda é de incertezas
sinto necessidade de reajustar os relógios,
o biológico continua lesmático,
o meteorológico continua parado no inferno,
no trabalho a incerteza de uns, o casto desespero de outros.
Internamente aprendi a gostar de mudanças,
afinal de contas pra quem sempre teve a vida pregada numa roda gigante,
conseguir gostar do frio na barriga entre as subidas e descidas é pinto.
Estou reprojetando muita coisa, fora e dentro.
Tentando fazer a volta pra encontrar uns caminhos esquecidos, como a vida acadêmica;
dando seguimento a caminhos novos, como dar forma, direcionamento e força a alguns caminhantes da música.
A vontade de mudar de casa, permanece..
A vontade de gatos, permanece..
A vontade de filhos timidamente aparece..
E permanece a felicidade de sentir, na cama, o cheiro do meu amor que dorme.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

dois dias

No primeiro dia eu fui à uma festa que não era minha;
encontrei pessoas sem sentido que me deram sorrisos com menos sentido ainda...
Abracei outras com o coração nos braços, de tanto amor que elas me ensinaram a sentir.
Nesse primeiro dia eu fui assistir a uma cerimônia, regada à bolo e champanhe no final,
e isso me faz lembrar uma frase que nem sei direito repetir e muito menos de sua autoria,
mas é algo como dar biscoitos finos à massa, visto o desespero dos garçons com garrafas e mais garrafas cheias de borbulhas à cata de alguém que quisesse um trago.

Hoje é o segundo dia, e já começei a trocar os horários das coisas, a acreditar que é sempre mais cedo do que realmente é...
ainda bem que comecei a anotar meus compromissos e vou alí encontrar mais um amor a abraçar.