segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

O sol na cabeça



O Trem Azul

Lô Borges

Composição: Lô Borges/Ronaldo Bastos

Coisas que a gente se esquece de dizer
Frases que o vento vem as vezes me lembrar
Coisas que ficaram muito tempo por dizer
Na canção do vento não se cansam de voar
Você pega o trem azul, o Sol na cabeça
O Sol pega o trem azul, você na cabeça
Um sol na cabeça

Coisas que a gente se esquece de dizer
Coisas que o vento vem as vezes me lembrar
Coisas que ficaram muito tempo por dizer
Na canção do vento não se cansam de voar

Você pega o trem azul, o Sol na cabeça
O Sol pega o trem azul, você na cabeça
Um sol na cabeça


sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Ainda sobre trinta

Nem sei se os trinta me fizeram bem..
Começo a pensar que o negócio vai desandar de vez...

Hoje, estreei a primeira briga dos trinta, a primeira briga do Caeté, a primeira briga com desconhecido em aaaaanos...

A pessoa chega em casa: molhada de chuva, cansada da vida, frustrada com o trabalho, assustada com a quantidade de mau caratismo ao meu redor, completamente desencantada de seres humanos, etc. e dá de cara na porta do elevador com um cara querendo descer a mão na namorada.. não deu outra: pedi licença, perguntei se estava tudo bem, se precisava de ajuda e começou o escândalo!

PÉÉÉÉÉIM!!!!

Nego mandando eu não me meter, eu gritando no hall do elevador pro porteiro-demente ou qualquer outro homem presente vir ajudar que estávamos sendo agredidas, o cara empurra a menina pra dentro do elevador, eu corro pra portaria pra pedir ajuda, volto correndo, ouço a gritaria no andar de cima, subo atrás, o porteiro-demente e o zelador-fofinho-crente sobem atrás de mim (detalhe, com aquela cara de: ai meu cú, não te mete) e começa a rolar o "deixa-disso", descem com o cara pelas escadas e o pau continua comigo...

Quem merece??? quem merece??? eeeeeeeu mereço!

Rodei a pernambucana!!
Chamei de valentão, babaca... todo mundo olhando pra minha cara (de doida) e eu falando de Lei Maria da Penha (eu e minha mania de país desenvolvido, podia ter levado umas bifas)... O tal gritando que eu não sabia o que a outra tinha feito (alguém me sugere algo melhor que gaia??? corno FDP!) e que eu ficasse na minha, que não me metesse... Eu gritando que nem me interessava o que a outra tinha feito mas que ele não podia bater nela, que ele fosse procurar um macho pra botar banca, e por aí vai...

Aí subi pro meu apt com ódio no coração, querendo ver sangue descendo pela escadaria e mal dizendo o fato de eu ser mulher!

E agora, com uma enorme dose de vodka, fico aqui amargurando a minha "inferioridade feminina", a minha "reduzida força física" que não me possibilitou quebrar os dentes daquele filho de todo lixo denso e de baixa vibração, amargurando a realidade da omissão, condescendência, permissividade com a violência contra mulher..

Vou passar o resto da noite pra me acalmar e vou passar boas horas procurando uma arma de taser...

...decididamente trinta anos não me caem bem...


terça-feira, 14 de dezembro de 2010

sem interrupções...

É.. 30...
e ainda tem vazio, e ainda todas as dúvidas..
e ainda olho ao redor, ainda não me satisfaço...
e ainda tem espaço pra paixões, ainda alguns poucos e presentes amigos,
ainda bigodinhos espalhados pela casa, ainda vontade de continuar,
ainda vontade de aprender, ainda vontade de liberdade,
ainda procurando a metade, ainda podendo mudar.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Chica

Essa coisa pequenina, que cabia num buraquinho,
que gritava a plenos pulmões, miava dizendo ao mundo: não me ignorem, tenho medo, fome e frio;
Que me tirou de casa as 10 da noite, que me fez quase parar o trânsito,
que me arranhou os braços e me fez chorar de alívio em tê-la junto ao meu peito..
Hoje arranca sorrisos e mia apenas de denguinho.
Nada no mundo paga a felicidade de retirar um bigodinho desses da rua e poder dar abrigo e carinho e encaminha-la para uma família que possa sentir a delícia de tê-la aninhada no seu colo.
São Francisco abençoe a Chica!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Pólvora

Eu vou te dar
um colar de pólvora
pra ruborizar
tua cara pálida

Vou mandar trazer
de fora, de África
um belo colar
de pólvora

E tentar arrancar
de tua boca tórrida
um sorriso
um sorriso

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Inveja

Hoje eu me mordi de inveja, mordi e doeu..
Não porque inveja é coisa feia e ninguém merece curtir, mas porque o reflexo dessa inveja me fez refletir sobre muitas coisas..
Inveja não é apenas querer o que o outro tem, não é apenas a grama mais verde do vizinho.. Quando a gente introspecta o sentimento, percebe que pode ser insatisfação com a própria vida, apenas um querer que sua própria realidade fosse diferente, um pouco mais parecida com o tal comercial de margarina.
A gente também pode pensar, fazer uma grande retrospectiva e imaginar que se tivesse tomado aquela decisão no lugar daquela outra, que se tivesse agarrado aquela oportunidade no lugar de sair fugida com circo, tudo poderia ser diferente..
Sim, tudo poderia ser diferente; poderia ser melhor... ou pior... Quem sabe?
O sentimento de frustração é o que incomoda na estrutura dessa inveja, o questionamento dessas infinitas possibilidades como que desglorificando, desprestigiando o momento em que você está, o lugar onde você chegou, as pequenas conquistas e vitórias que você teve.
Senti inveja, fiquei mal comigo, ruminei o sentimento e percebi que isso tudo pode ser usado como combustível pra continuar indo em frente, pra mais uma vez organizar a cabeça, estabelecer objetivos e continuar com a vida, tomando novas decisões, percorrendo novos caminhos e vendo onde é que eles vão dar.
Desenhando o meu próprio comercial de margarina cheio de gatos, resgatando animais de rua, estudando, olhando a lua... um comercial de margarina com a duração de quase 30 anos.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

ONDE NÓS VAMOS PARAR COM ESSA VISÃO DE MUNDO?

Texto do: saindodamatrix.com.br

Estou profundamente triste e decepcionado com o meu país. Não é uma questão política, não tem nada a ver com as urnas. Tem a ver com humanidade. Quem quer que se sagre campeão no dia 31 de outubro, já teremos perdido como coletividade. O país nunca mais será o mesmo. Vejo com profundo pesar pessoas que conheço botarem na balança sua vida, liberdade e humanidade em nome de um pragmatismo, em nome de um suposto "bem" para o povo, em nome de um suposto "progresso do país". Em nome da Matrix. Já vi isso antes. Nos livros de história. Quem tem sabedoria já sabe onde e quando isso ocorreu, e no que resultou.

Como espiritualista não posso acreditar que exista uma ética e moral dita "espiritual" e outra ética e moral no campo político. Só existe o SER humano. E a coletividade humana. Se não agimos com ética e respeito para com UM ser humano, o que esperar quando essa pessoa dirige o futuro da coletividade?

É exatamente esse o ponto do educador judeu Martin Buber, que fez em 1935, na Alemanha, uma conferência intitulada "Formação e Visão de Mundo" (Bildung und Weltanschauung). É uma data significativa, pois marca a transição das ações dissimuladas do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães para uma fase mais agressiva, onde já conquistava todos os setores da sociedade (alma e mente) e os opositores já podiam ser calados, seja pela escárnio, pela mentira ou pela violência.

Se em 1933 a legislação tinha proibido a permanência de judeus em cargos públicos e dificultou o acesso deles às universidades, em 1935 foi aprovada no congresso, por unanimidade, a legislação antissemita chamada "Lei para a proteção do sangue e da honra alemã", que retirava o direito de voto dos judeus e proibia casamento e relações íntimas de judeus com arianos, sob ameaça de punições severas. Como sapos dentro da água que é aquecida lentamente, os judeus não percebiam (ou não acreditavam) que a situação poderia piorar. Mas piorava. Apenas em 1938 se deu a "Noite dos cristais", com assassinatos à céu aberto, destruição de sinagogas e de lojas judias. Os incêndios chocaram uma parte da população, mas não o fato de que os judeus tivessem sido atacados fisicamente. A população já estava anestesiada, preparada graduamente durante anos para acreditar que um judeu vale menos que um ser humano.

Deus, como eu gostaria de acreditar que estou sendo apenas paranóico. Mas ligo a TV e vejo o atual presidente da república e a mulher que irá sucedê-lo esbravejando com um ódio e indignação ante a reação de um adversário tratado como alguém que vale menos que um humano, e percebo que eu já vi isso antes, nos livros e vídeos de história. E fico apreensivo. E profundamente triste com quem se diz espiritualizado e não percebe isso. Ou percebe, mas está anestesiado, e vota com a razão (ou o bolso). Os de outrora também votaram com a razão. E que razão. Nunca antes na história da Alemanha alguém a erguera tão alto.

Não estou aqui falando de partidos, projetos de governo, e sim de pessoas. Daqui pra baixo usarei apenas trechos do trabalho "Formação e Visão de Mundo - Reflexões Pedagógicas de Martin Buber na Presença do Nazismo" do prof. Ferdinand Röhr, da UFPE, para que reflitamos a respeito da nossa posição como seres humanos em relação a outros seres humanos, aprendendo com as duras lições do passado (as aspas abaixo são todas de frases de Buber):

O trabalho de formação que Buber tem em mente precisa "saber que para se formar a pessoa e com isso para a construção de uma grande comunidade - que cresce a partir das pessoas e das relações entre elas - tudo depende de até que ponto o homem se envolve de fato com o mundo." A pergunta é: Como isso é possível? O que temos ao nosso alcance é o "mundo" como ele se apresenta para nós e isso na parcialidade das visões de mundo. Buber não considera possível, nem desejável, educar isento de visão de mundo. "Tudo depende, tanto em relação a quem ensina quanto a quem aprende, se a sua visão de mundo promove ou barra sua relação vivente com o mundo "contemplado".

Não nos é concedido possuir a verdade; mas, quem acredita nela e serve a ela, edifica o reino dela. A parte ideológica daquilo que cada indivíduo chama de verdade é inseparável, indissolúvel, porém, o que cada um pode fazer é exigir, no próprio espírito, restrição à politização da verdade, à utilização da verdade, à infiel equiparação da verdade com aplicabilidade. A relativização reina em mim da mesma forma como a morte, porém a ela posso, ao contrário da morte, pôr limites: até aqui e nada além disso!

Na biografia de Buber há um episódio ilustrativo dessa posição dele. Ernst Krieck, colega de Buber na Universidade de Frankfurt antes do regime nazista, na função de ministro de cultura na Prússia e principal ideólogo da educação nazista, publicou numa revista um panfleto antissemita com o título "O Deus Judeu". Buber ofereceu a ele, através de uma terceira pessoa, um comentário em que meramente esclarecia as partes que apresentavam equívocos sobre fatos. O biógrafo relata que: "Krieck respondeu a essa terceira pessoa, que sente um respeito grande por Buber, mas que ele, Buber, ainda permanece ingênuo demais, pois não compreendeu, de forma alguma, que se tratava de um jornal político!"

Podemos, portanto, dizer que a distinção entre os dois tipos de visão de mundo se caracteriza pela busca de um deles em contribuir na edificação da verdade; já o outro, na imposição da própria ideologia, na qual os fins justificam qualquer meio. Óbvio que os líderes de grupos com visão de mundo desse segundo tipo jamais concordariam com os princípios educacionais de Buber. Para os que concordam, Buber faz um convite de colaboração que, na verdade, é mais ainda: a necessidade de um trabalho educacional em conjunto quando se quer levar o olhar em direção ao "mundo" a sério.

A formação que está sendo abordada aqui põe os grupos divididos nas suas visões do mundo diante da face do Todo. Porém, como esse Todo não é um objeto separado, mas a vida em comum que os sustenta, eles não podem estar aí e contemplar em agrupamentos separados - eles têm também que agir, um com o outro, nessa comunidade vivenciada, pois, somente nessa interação vivenciada eles começam a perceber de verdade o impacto do Todo.

Na questão de como um grupo relaciona-se com o Todo, o mais frequente é ele querer se impor; achar que é ou pretender tornar-se o Todo. Para Buber trata-se de um equívoco. Ninguém pode fazer com que algo se torne o Todo. O Todo "cresce". "Quem se opõe a ele (o Todo), perde-o, na medida em que parece ganhá-lo; quem se entrega a ele, cresce com ele." Não se pode esperar um futuro humano e produtivo de uma comunidade ou de um povo em que uma visão de mundo venceu os outros, calando-os violentamente. A meta não é igualar todos, mas ativar um compromisso com a realidade e as verdades possíveis nela. O modelo é criar uma "comunidade grande que não representa uma unificação dos que têm mentalidade político-moral em comum, mas um verdadeiro viver um com o outro, de seres da mesma espécie ou de espécies fundidas entre si, mas com visões de mundo distintas." Resumido numa frase: "comunidade é dar conta da alteridade numa unidade vivenciada."

Existem várias formas de equívocos sobre esse tipo de comunidade. Não se trata simplesmente de "exercer tolerância"; de buscar uma base mínima em que se pode compreender o outro que comumente termina em fórmulas que só superficialmente ou aparentemente significam aspectos em comum. Buber não pensa em nenhum tipo de neutralidade diante das diferenças ou formas de camuflar os limites entre os grupos, círculos ou partidos. Ele se utiliza da imagem de uma árvore para explicar sua posição. O que a grande comunidade solicita para sua formação é uma "presentificação da comunhão de raiz e as ramificações. Trata-se de perceber e vivenciar o tronco, de tal forma que se vivencie também onde e como os outros galhos se separaram e crescem tão reais como o meu próprio." Importa "saber da relação com a verdade do outro lado, qual a real ligação que o outro desenvolve com a realidade". Só nessa condição a solidariedade pode se expandir entre os grupos. No respeito que adquiro vendo a luta do outro em prol da verdade cria-se uma mutualidade, uma atuação recíproca mesmo pensando diferente.

Gerar relações diretas entre os diferentes grupos de visões de mundo abre a possibilidade de proporcionar uma percepção do "mundo" por trás das visões.

"A verdade de uma visão de mundo não se demonstra nas nuvens, mas na vida vivenciada: verdadeiro é o que se torna confirmado". Dispensar essa prova foi uma das atitudes do nazismo que mais iludiu as massas. Nesse ponto, Buber arrisca uma crítica mais direta aos nazistas: "No ritmo unificado da marcha de um grupo perde-se hoje a distinção entre aquele cujo passo significa o caminhar de uma existência com direcionamento realizador próprio ou que representa um mero gesto falante"

Depositar a responsabilidade última por uma visão de mundo no indivíduo, em cada um, e não só nos líderes, não pode ser, de forma alguma, interpretado como individualismo. Compreendendo essa questão, Buber se opõe tanto ao individualismo quanto ao coletivismo. Poderíamos falar de individualismo, caso Buber atrelasse a decisão do indivíduo por uma visão de mundo, a interesses particulares do mesmo. Fato que era mais do que comum no nazismo. Adesão a ele não foi só atrativo para as massas de desempregados na época e dos humilhados pelas derrotas e consequências derivadas do Tratado de Versalhes. Tornar-se um adepto "fiel" ao nazismo significava garantia de carreira para funcionários públicos sem perspectiva de progressão, portas abertas para intelectuais com ambições de poder dentro ou fora dos meios acadêmicos, negócios prósperos para industriais falidos, cargos garantidos para políticos inescrupulosos. Até intelectuais como Heidegger caíram, temporariamente, nos laços do nazismo e com ele inúmeros anônimos. Até criminosos "limparam a ficha", dispondo-se a fazer os serviços sujos do partido, como foi o caso de Heydrich, idealizador da máquina exterminadora do holocausto. Para Buber, essas pessoas não enxergaram a "responsabilidade existencial" que está implícita numa decisão por uma visão de mundo. Não se pode negar a importância que essa decisão tem para o indivíduo. Mas não no sentido de vantagem individual e imediata. A responsabilidade não é só para si, mas para a comunidade inteira em que se vive, para o futuro dela, como ele afirma: "Até que ponto uma comunidade futura corresponde à imagem desejada depende decisivamente da atitude essencial das pessoas presentes - não só dos que lideram, mas de cada indivíduo." Se boa parte de uma comunidade adere, por motivos egoístas, a uma visão de mundo com mentalidade político-moral fictícia, se participa da imposição dela a qualquer custo para manter as vantagens individuais, não se pode esperar outra coisa senão uma catástrofe no futuro. Assim, Buber resume a sua análise do seu tempo:

Estamos vivendo - temos que repetir isso sempre de novo - num tempo, em que, passo a passo, se realizam os grandes sonhos, as grandes esperanças da humanidade: como suas próprias caricaturas. Qual é a causa de toda essa aparência maciça? Não conheço outra senão a mentalidade político-moral fictícia. A esse poder, chamo o não-ser formado do homem desta época. Contra ele se põe a formação verdadeira diante do tempo e contemporânea, que guia o homem para a interligação vivida com seu mundo e que o deixe se elevar para a fidelidade, a provação, a conquista, a comprovação, a responsabilidade, a decisão, a realização.

Buber sintetiza, a partir desse diagnóstico, o seu programa educativo:

O trabalho formativo que tenho em mente é a condução para a realidade e realização. É para formar o homem que sabe diferenciar entre aparência e realidade, entre realização aparente e realização verdadeira, que rejeita a aparência e escolhe e agarra a realidade, independente da sua escolha de visão de mundo. Esse trabalho formativo educa os membros de todas as visões de mundo para autenticidade e verdade. Ele educa todos para levar a sério a própria visão de mundo, partindo da autenticidade do fundo e indo na direção à verdade do alvo.

O diagnóstico de que a forma como o próprio nazismo se relacionou com a sua visão de mundo só poderia levar a uma catástrofe, foi completamente verdadeiro. De fato, não se criou nada que pudesse gerar raízes para um futuro duradouro. A fórmula para tal tipo de diagnóstico é a seguinte:

O alvo não é fixo e está esperando; quem toma um caminho que já na sua própria maneira não representa a maneira do alvo, vai perdê-lo, mesmo mantendo-o o mais fixo na sua mira; o alvo que ele alcança não será diferente do caminho no qual ele o alcançou.

O diagnóstico que teríamos de fazer, nesse caso, não seria, em primeiro lugar, uma análise dos discursos sobre as metas para a formação no nosso tempo, mas a forma como estamos caminhando. A própria maneira como caminhamos pode nos indicar o que podemos esperar ou não dessa caminhada.


sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Romeu

A gaiola chegou hoje, investimento que já era desejado há muito tempo.

Como Romeu chegou no 19º andar do nosso prédio é e sempre será um grande mistério...
Lembro-me muito bem dele ainda quase-bebê lá embaixo na árvore, comendo a raçãozinha que as duas senhorinhas colocam pros gatinhos da vizinhança..
Ele tão bonito, com seus olhos azuis e seu focinho manchadinho de preto.

Já nem sei há quanto meses o Romeu está lá em cima.. desde que descobri a história do "gato-selvagem-amarelo-e-enorme" vivendo no nosso telhado que me inxeri a alimentar esse pobre felino recluso às alturas e me surpreendi ao reconhecer, mesmo na penumbra, o gatinho da árvore.

Hoje foi nossa primeira tentativa... armadilha armada, sardinha perfumada como isca, e Romeu... Romeu só olhando, bem deitadinho nas telhas cheirando o ar ensardinhado e analisando aquele bregueço estranhando a paisagem de sua solidão de cobertura...

Espero que possamos ter mais sorte amanhã!

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

A canina.

Quando a gente sabe que fez a coisa certa?

Quando a gente tem certeza de que não são os nossos preconceitos ou nossas ilusões de como as coisas deveriam ser que estão tirando o sossego?

Tento usar o coração como bússola mas tem tanta emoção misturada que não posso dizer que tenho certeza, nem do que sinto, nem do que penso, nem do que eu acho "certo".

Nunca tinha passado por isso, de pegar um bichinho na rua, cuidar dele e da-lo pra uma pessoa desconhecida. Lá em casa a gente sempre resgatou os bichinhos e cuidou deles até morrerem ou sumirem no mundo <>.

Pensei que seria mais fácil, acreditei que esse meu coração de maria-mole não me pregaria peças, afinal de contas nunca pude nutrir esperanças de poder manter a canina aqui em casa, comigo e as felinas...

Hoje levamos a canina foi pra casa da adotante, eu e minhas deficiências mentais ficamos caraminholando zilhões de coisas.. será que vão dar os remédios direito? será que vão dar a ração direitinho? e as gotinhas pras orelhas? e o banhinho pra caspa?

Acabei de chegar em casa e já tive alucinações, ouvindo o chorinho dela.. Limpei o quarto em que ela ficou nesses últimos dias e bateu saudade do cheirinho do focinho e ainda mais uma dose de preocupação e todos os "E SE?"

Agora é rezar pra São Francisco e tentar dormir nesse silêncio felino.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

PAZ E ORDEM

Só haverá paz e ordem no mundo quando você, indivíduo humano, através de autoconhecimento e correto pensamento, que não resulta de aderir a partidos políticos ou religiões, estabelecer como prioridade absoluta a erradicação dos comportamentos que trazem confusão e dor ao mundo através dos relacionamentos. O propósito é estabelecer prosperidade e amor entre o céu e a terra, o que nunca acontecerá com ninguém se continuarmos a pensar que tal nobre objetivo dependa de desintegrar adversários, assassinar inimigos e cometer quaisquer crimes em nome de nosso bem-estar pessoal em detrimento do bem comum. As coisas estão como estão porque banalizamos os crimes e pagaremos o justo preço por este erro, que afetará principalmente as gerações vindouras.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Ideias absurdas na sua mente


O amor é a única religião, o único Deus, o único mistério que tem que ser vivido, compreendido. Quando o amor for compreendido, você terá compreendido todos os sábios e todos os místicos do mundo.

Não é uma coisa difícil. É tão simples quanto as batidas do seu coração ou a sua respiração. Ele vem com você, não é concedido pela sociedade. E esse é o ponto que eu quero enfatizar: o amor vem com o nascimento, mas não vem plenamente desenvolvido, é claro, assim como todo o resto. A criança tem que crescer.

A sociedade se aproveita dessa lacuna. O amor da criança leva tempo para crescer; enquanto isso a sociedade aproveita para condicionar a mente da criança com ideias falsas sobre o amor.

Na época em que está pronto para explorar o mundo do amor, você já está abarrotado com tantas bobagens sobre o amor que já não há muita esperança de que seja capaz de encontrar o autêntico e descartar o falso.

Por exemplo, todas as crianças, em todos os lugares, ouvem milhares de vezes que o amor é eterno: depois que ama uma pessoa você a amará para sempre. Se você ama uma pessoa e mais tarde sentir que não a ama mais, isso significa que nunca a amou. Ora, essa é uma ideia muito perigosa. Ela lhe dá uma ideia de um amor permanente e, na vida, nada é permanente. As flores desabrocham pela manhã e, à noite, já murcharam.

A vida é um fluxo contínuo; tudo está mudando, se movimentando. Nada é estático, nada é permanente. Estão lhe transmitindo uma ideia de amor permanente que destruirá toda a sua vida. Você vai esperar um amor permanente de uma pobre mulher e a mulher esperará um amor permanente de você também.

O amor se torna secundário, o permanente se torna mais importante. E o amor é uma flor tão delicada que não pode ser forçada a ser permanente. Você pode ter flores de plástico, que é o que as pessoas têm — casamento, família, filhos, parentes, tudo de plástico. O plástico só tem uma coisa muito espiritual: é permanente.

O amor verdadeiro é uma incerteza assim como a vida é uma incerteza. Você não pode afirmar que estará aqui amanhã. Você não pode sequer dizer que estará vivo daqui a pouco. A sua vida está mudando continuamente — desde a infância até a juventude, a meia-idade, a velhice, a morte, ela continua mudando.

O amor de verdade também mudará.

É possível que, se você for uma pessoa iluminada, o seu amor tenha transcendido as leis costumeiras da vida. Ele nem está mudando nem é permanente; simplesmente é. Não é mais uma questão de como amar; você se tornou o próprio amor, por isso o que quer que faça é amoroso. Não que você faça algo especificamente que seja amor; faça o que fizer, o seu amor se derramará sobre isso. Mas antes da iluminação o seu amor será exatamente como todo o resto: ele mudará.

Se você compreender que ele mudará, que a sua parceira pode se interessar por outra pessoa e você terá que ser compreensivo, amoroso e ter consideração por ela, deixando que ela siga o caminho que manda o coração — essa é a oportunidade que você tem de provar à sua parceira que a ama. Você a ama; mesmo que ela passe a amar outra pessoa, isso é irrelevante.

Com entendimento, é possível que o seu amor se torne um caso de uma vida inteira, mas lembre-se de que ele não será permanente. Terá altos e baixos, passará por mudanças.

É muito simples de entender. Quando começou a amar, você era muito jovem, sem nenhuma experiência; como o seu amor pode continuar igual se você se tornou uma pessoa madura? O seu amor também amadureceu. E quando você ficar mais velho o seu amor também terá um gosto diferente.

O amor continuará mudando, e de vez em quando ele precisará de uma oportunidade para mudar. Numa sociedade saudável, será possível lhe dar essa oportunidade, sem que o relacionamento seja rompido.

Mas também é possível que você tenha que mudar muitas vezes de parceiro ao longo da vida. Não há nenhum mal nisso. Na realidade, mudando muitas vezes de parceiro ao longo da vida, a sua vida ficará mais rica; e se todo mundo seguisse o que estou lhe dizendo sobre o amor, o mundo inteiro ficaria mais rico.

Mas uma ideia equivocada destruiu todas as possibilidades. No momento em que o seu parceiro olhar para outra pessoa, só olhar, os olhos dele mostrarão essa atração e você ficará fora de si. Você precisa entender que, se um homem perder o interesse pelas mulheres bonitas que vê na rua, pelas atrizes belíssimas do cinema, é isso o que você quer; que ele não se interesse por ninguém a não ser você.

Mas você não entende a psicologia humana. Se não se interessar pelas mulheres na rua, do cinema, então por que ele se interessará por você? O interesse dele pelas mulheres é a garantia de que está interessado em você, de que ainda há uma possibilidade de que o seu amor possa continuar.

Mas estamos fazendo justamente o oposto. Cada homem está tentando dar um jeito para que sua mulher não se interesse por mais ninguém além dele; ele tem de ser o único foco de atenção da mulher, o seu único interesse. As mulheres estão exigindo a mesma coisa, e ambos estão deixando o parceiro maluco. Focar a atenção numa única pessoa só pode deixar você maluco.

Para ter uma vida mais leve, mais divertida, você precisa ser flexível. Tem que se lembrar que a liberdade é o valor mais precioso e, se o amor não está lhe dando liberdade, então não é amor.

A liberdade é um critério: qualquer coisa que lhe der liberdade está certa e qualquer coisa que destruir a sua liberdade está errada. Se você conseguir se lembrar desse pequeno critério na vida, aos poucos começará a tomar o rumo certo em tudo: nos relacionamentos, nas meditações, na criatividade, naquilo que você é.

Deixar de lado velhos conceitos, conceitos vis. Por exemplo, na Índia, milhões de mulheres morreram queimadas vivas nas piras funerárias dos maridos. Isso mostra que a possessividade do marido é tamanha que ele não quer apenas possuí-la enquanto está vivo, mas tem medo do que acontecerá quando ele estiver morto! Ele não poderá fazer nada depois disso, então é melhor levá-la com ele.

E note que isso só se aplicava às mulheres — nem um único homem saltou na pira funerária da mulher em dez mil anos. O que isso significa? Significa que só as mulheres amam os homens e os homens não amam as mulheres? Significa que as mulheres não têm vida própria? A vida dela se resume na vida do marido? Quando ele morre, a vida dela também chega ao fim?

Essas ideias absurdas foram incutidas na nossa mente. Você tem que fazer uma faxina constante. Sempre que deparar com bobagens na sua mente, limpe-a, jogue-as fora. Se você estiver limpo e a sua mente, vazia, você será capaz de encontrar soluções para todos os problemas que surgirem na sua vida.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Da saudade e do novo amor

Ainda sinto falta do amarelo.. nem sei quantas vezes me pego olhando pros cantos da casa que ele mais gostava, nem quantas vezes me vejo fazendo coceirinha imaginária no nariz dele. Sinto mais segurança no coração, e menos culpa, em ter tomado a decisão de coloca-lo pra dormir; sinto que não havia outra possibilidade e que não o abandonei em momento algum.

Lari-Lirá chegou em casa já com toda doçura que se possa imaginar, sempre soube, desde o primeiro momento que a vi lá no rede de adoção naquela foto com o fundo rosa, aqueles olhos meio vesgos e as orelhas grandes e peludas.
Minhoca, hoje, depois de quase 1 mês, trata a Lari como sua própria filhote e as duas, juntas, conseguem nos tirar tantos e tantos sorrisos que nunca poderia ter imaginado uma conexão tão meiga entre as felinas.

Sempre soube que não seria fácil me despedir de qualquer um deles mas, essa dificuldade e esse pequeno sofrimento nunca, nunca, nunca, vai diminuir o meu amor ou tirar a minha vontade de dar uma vida melhor a cada um desses bigodinhos que passarão pela minha vida.

Seja bem vinda, Lari-Lirá!

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Bigodes

Eu fico aqui..
com um buraco no peito..
Uma vontade de sair correndo com um saco na mão e colocar todos os gatinhos que passarem na minha frente dentro dele e trazer todos eles pra casa, e dar teto-água-comida-amor e não deixar eles sofrerem mais nada-nadica...
Eu não sei se isso passa um dia.. não sei se vou parar de lembrar com ou sem uma pontinha de sofrimento de todos os bigodinhos que eu não pude cuidar...
Mas eu fico aqui pensando, pensando, pensando e não sei o que fazer pra ajudar esses bigodes e acalmar meu coração.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Shilock


Hoje, ele foi embora.
Carreguei-o nos braços, junto ao coração até onde pude.
Fiquei com ele até o último batimento daquele coraçãozinho amarelo.
Na cabeça as imagens da primeira vez que eu o vi, que nós nos vimos...
Aquele enorme e peludo amarelo, com cara de poucos amigos, que veio me receber assim que passei pela porta..
De você vou guardar as imagens e lembranças mais bonitas..
você vindo me receber na porta todos os dias, mesmo doente;
todas as poses engraçadas no sofá, as implicâncias com Morgana e Minhoca;
o maior pânceps do mundo;
o carinho em cima do nariz;
os chamegos de madrugada;

sábado, 24 de julho de 2010

Dos Gardenias para ti.

Acordei sem mágoa, sem raiva, sem nada.
Acordei de um sonho agradável mas sem sentido.
Acordei ouvindo buena vista, assim como adormeci tantas vezes.

terça-feira, 13 de julho de 2010

tem dias...

Hoje, um daqueles dias especiais em que a sonolência, a chuva lá fora e a impaciência reinante neste corpinho banham o universo em volta de mim com um aura de vão pra puta que os pariu.
Extra-mega-super-ultra sem saco pra nada e pra pouquíssimas pessoas e é só.

sábado, 12 de junho de 2010

Apagado

Tudo que era pra ser azul,
assume tons de cinza.
O cinza do que antes ardia..
O cinza de quem já deu todo calor que tinha
O cinza que não aquece, nem produz.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Fiote.. uóxito...

Entender que vida é cíclica não diminui a dor da perda..
Praticar o desapego não significa não mais se importar com o que vai embora..
Amar continua sendo o sentido de tudo, sem precisar do envelhecer nos barris dos anos, sem precisar de provas, sem precisar de condições...
Ela passou o tempo de uma lua...
se foi no primeiro dia da lua cheia.
Deixou sua imagem marcada em vários lugares da casa...
e me deixou afogada em lágrimas.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Fragmentos

...Eu tenho pensamentos impuros, e não me culpo por tê-los.

...Eu sinto que não gosto de pessoas. É sempre um grande desgaste de energia me aproximar delas.

...Sempre que vejo uma caixa largada no meio da rua, penso que há filhotinhos dentro dela.

...É tão bonito quando o Capibaribe acorda verdinho.

"Havia pintado um mundo com aquarela e desejos
em cores límpidas,
mistura imbuída de suor e saliva.
Abri meu corpo,
apresentei-te o desenho,
os olhos embotados da ânsia de teu sorriso.
Ficamos sós, eu e a aquarela,
cegas-te teus sentidos."

sábado, 8 de maio de 2010

Fiote!




"Quando, quando, quando, quando foi diferente? Quando nós fomos diferentes? Quando? Amemos o século XIX ou qualquer século que seja, pelos mais variados e belos motivos, tais como espartilhos, Melville e maiôs de perninhas, mas sem essa viagem que "antigamente não era assim". A impressão que dá é que sempre fomos uns fofos meigos e, de repente, dez anos atrás, viramos uns monstros. Caras, a gente nunca prestou, nem na Suméria, nem na Idade Média, nem no meu amado século XIX, nem na Belle Epoque, que de belle não tinha nada. " Fal.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Minha vida é um show de Luiz Melodia...

Eu pensei em lhe falar
Quase fui lhe procurar
Mas evitei, e aqui fiquei
Sofrendo tanto a esperar

Que um dia você por fim
Talvez voltasse para mim
Mas me enganei, então eu vi
O longo tempo que perdi

E agora, eu não sei mais por que
Não consigo lhe esquecer
Eu quero lhe pedir para deixar
Pelo menos, lhe encontrar pra dizer

Que errei
Mas se você me aceitar
Vou prometer
Recomeçar um grande amor
Que por tão pouco acabou, que por tão pouco acabou

quinta-feira, 29 de abril de 2010

sou eu

Eu morgo fácil...
muito fácil...
é ligar e sentir que não teve festinha na voz e eu morgo..
desligo o telefone com ódio no coração, jogo longe e mando se foder.

Eu tenho vontade sair correndo várias vezes ao dia..
várias..
é chegar ao destino e saber que nada vai acontecer em mais um dia
é olhar ao redor e se sentir igual a bosta n'água

Eu pego abuso facim, facim...
e nem precisa de muito motivo!

quarta-feira, 28 de abril de 2010

A louca.

A pessoa anda tão maluca, mas tão maluca que:
1. conta toda uma história, trabalhada no contexto de que leu num zine, lembra de todos os quadros, dos desenhos e etc e BINGO: não localiza a tal história no único zine que pasou os olhos na última semana..
2. vai dormir e dá continuação a um sonho enorme, de vários capítulos, que vem tendo durante alguns dias e acorda gargalhando! l-i-t-e-r-a-l-m-e-n-t-e gargalhando!
é...
tá difícil.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

ô Pedro...

São Pedro parece não ter pena
do povo pendurado nas alturas com suas casinhas de açúcar,
dos bichinhos nas ruas, sem nem um papelão pra proteger a cabeça...
Cada chuva grossa, dessas dos últimos dias, me faz olhar pela janela
contemplar a chuva nem sempre é doce.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Posso?

Tanta coisa mudando tanto...
Eu, principalmente..
Crise dos 30? pode até ser... mas não é aquelas bobeiras de não saber quem se é ou o que se quer..
É desejo de mudar; passar a tesoura do desejo nos cabelos da vida, virar o jogo, poder me lançar à novas histórias, mudar o paradigma, experimentar o que ainda vem pela frente, pular do abismo.
Eu sei quem sou e sei o que quero, na verdade uma lista imensa de quereres...
Sair de perto de um monte de gente que não contribui em nada, poder me juntar com outro tanto que me ensine alguma coisa que não sejam os exemplos do que eu nunca vou querer fazer na vida..
Conhecer outros lugares, cidades, costumes, além dos que já conheci..
Experimentar a solidão de morar sozinha, adotar o gato-selvagem do telhado, começar a estudar Tarot, passar dias vivendo de luz, ou de pipoca com café...
Ter menos compromissos, receber um salário que inclua serenidade, sorrisos e reconhecimento..
Conhecer mais cachoeiras, dormir mais ao relento, cheirar o vento que passa pelo mato...
Passar a tarde conversando com a brisa e a noite com a lua...
Contemplar.

domingo, 21 de março de 2010

de onde vem a calma?


Devagar.. devagar...calma, calma..
começar a seguir meus próprios conselhos...


REFLEXÃO E PONDERAÇÃO: O MELHOR CAMINHO

A Sacerdotisa, arcano II do Tarot, emerge como carta de aconselhamento para este momento de sua vida, Ellen. A recomendação aqui é simples, direta e clara: quietude, contemplação, espera. A planta não brota mais rápido por conta do nosso bel prazer e sim por conta de suas reais e naturais necessidades. Não tente precipitar o que demanda tempo, saiba esperar o tempo certo. Procure se voltar para dentro de si e buscar em seu próprio interior as respostas de que tanto necessita. Forçar os acontecimentos externos agora pode ser frustrante, pois o momento envolve a necessidade de introspecção reflexiva.

Conselho: Volte-se mais para dentro de si. O momento não é para ações exteriores.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

ainda mais???

entrando na batalha

Prepare-se para entrar numa batalha acirrada com outra pessoa em prol de uma conquista, Ellen. É possível que alguém se interponha entre você e algo (ou alguém) muito desejado e você terá que ter muita paciência e atenção para não lhe passarem para trás. Você sofrerá um grande teste de autoconfiança em breve: o quanto você se dispõe a continuar lutando por algo que tanto deseja? De certa forma, este desafio que ocorrerá tem uma utilidade, que é a de lhe deixar alerta e não se acomodar. Os inimigos têm este valor: o de nos manterem em estado de atenção! Pode ser um processo irritante, mas será necessário e ao menos você não se deixará levar pela preguiça, pois a ameaça tem este poder de nos “tirar da preguiça da cama”.

Conselho: Momento de batalhar com confiança e segurança em si.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

ZZZzzzZZ

Ai, que eu tenho tido muita preguiça..
de pessoas, de situações, de lugares..
preguiça de carão, preguiça de sorriso...
Affe...

Tenho sonhado com pessoas do passado...
não com tons de saudade ou melancolia...
não de retorno aos bons tempos que não voltam nunca mais,
mas, como se no sonho as relações tivessem continuidade, tivessem avançado pra um nível de entendimento, desprendimento e sinceridade... como se as relações tivessem amadurecido, cada uma com sua especificidade...
Acordo querendo continuar de onde parei...
Doida..

domingo, 7 de fevereiro de 2010

:'(

"I never hurt nobody but myself and that’s nobody’s business but my own."

— Billie Holiday (via virginiawoolf) (via fairphantom)

Shilock 2

Shilock voltou pra casa ontem..
que tristeza sentir que meu piru perdeu ainda mais peso, que ainda não quer comer...
começamos a quimio, trocamos todos os medicamentos e vamos ver se ele reage ao tratamento...
coração apertado-pequenino-frio.
amar também dói.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Ok...

"...Tenha confiança, pois a tendência natural das coisas será fluir naturalmente, sobretudo se ao invés de forçar a barra você exercitar a inteligência e procurar fazer valer os seus bons relacionamentos. O maior de todos os poderes está na arte de se relacionar bem com as pessoas. Cultive isso e você verá que nada lhe faltará. Há circunstâncias em que o esforço não apenas não é necessário, como também não é recomendado. É melhor usar o cérebro do que os punhos. "

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Shilock

meu coração está na madalena..
Shilock doente, internado naquela jaulinha,
meu coração, meu único amarelinho.
ai... ai...

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

é, né....

Em tempos de grande tensão, quem demonstrar bem-estar se tornará alvo de insultos, porque a leveza alheia é insuportável quando as pessoas perdem a cabeça. Sentindo-se bem, melhor optar pela discrição.
Quiroga

sábado, 23 de janeiro de 2010

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

é isso.

Eu tenho muitos sentimentos...
Uma lista imensa deles..
se você quiser posso te emprestar alguns...

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

2010

A virada foi menos conturbada do que eu esperava, mas também sem nada de memorável... nada de especial...
2010 começa com muitas vontades que passaram de ano junto comigo.. no final das contas essas vontades se traduzem em lista de ano novo, então, vamos lá:
Em 2010 eu quero:
1. mudar de emprego, e consequentemente de ramo de trabalho, o já traz atrelado a maioria dos desejos que energizei pra esse ano que começa..
2. estudar pra continuar a caminhada rumo à tranquilidade
3. ancorar e canalizar amor pra todo lado
4. respeitar cada vez mais minha intuição
5. aceitar o bondade, a prosperidade e a abundância
6. esquecer os limites
7. não trabalhar na virada de 2010 pra 2011.

então é isso... que 2010 comece.