terça-feira, 24 de março de 2015

Gabriel

E eu te conheci
E reconheci
Pois lobos velhos são-me familiares
Vejo os milênios refletidos nos teus olhos de duas décadas
As solidões das viagens e caçadas
Os silêncios das florestas
O caminhar solitário lado a lado.
Tua pele nova contrastada na longa idade da propriedade de teus movimentos
Teus passos certeiros e silenciosos trazendo às narinas da memória  as folhas dos carvalhos de lugares tão distantes.
Tudo o que és vibra e me traz pulsante deslumbramento
Por poder deslizar os dedos entre os vastos pelos de um irmão-lobo.

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