sexta-feira, 16 de novembro de 2007

lástimas

E eu, que sempre me achei inconstante, desregrada, volúvel e outros predicados pelos quais já fui chamada...
Deparo-me mais uma vez com alguma coisa que não sei precisar...
... Que reside entre o comodismo ou puro egoísmo, mesmo...
Tenho medo de julgamentos, todos, a meu ver,
...acredito que todos são incerteiros e injustos...
Mas não tenho como não pensar, mesmo não querendo e que não precise...
Não quero me equiparar aos consangüíneos, mas não tenho como não me sentir menosprezada, menos cuidada e isso sempre sob a desculpa e alcunha de desenrolada, de forte, de filhote de gato...
Não existe mulher no mundo que não queira ser cuidada, amparada nas mínimas coisas, honrada em suas promessas...
Inferno!
Maldição!
Cuidado é mais que isso!
É querer que ele não se preocupe com roupas limpas ou comida na geladeira (o básico de qualquer sobrevivência urbana de um ano na casa dos 2000), é TENTAR não chorar seus problemas na frente dele por qualquer coisa (... mesmo que pra você seja de vital importância, e que principalmente, porque ele não vai entender o seu sofrimento por coisa tão fútil...).
Isso tudo enquanto ele sempre fura com você nas pequenas promessas... Quase insignificantes (na cabeça dele) compromissos.
Poderia ter fugido; motivos não me faltaram, companhias não saíram da mesa e da saliva;
Poderia ter trucidado, sido má, extremamente vingativa (e com todas as armas e facilidades nas mãos)...
Mas apenas, mais uma vez decido ser sincera e jogar na cara a falta de respeito e cuidado...
E aqui dentro, não sei se isso basta, se isso adianta, se isso vai corrigir as pequenas rugas desse amor pelo qual eu tento lutar tanto, antes de tudo comigo mesma...
...Com minha alma, com minha raiz aérea...
É difícil, mas a teimosia me faz continuar apostando em cartas que podem estar marcadas, e eu ainda não sei quem vai sair ganhando.

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