domingo, 12 de outubro de 2008

vou, voo.

às vezes eu tento me superar,
ser melhor do que eu mesma sou capaz de ser,
abrir a guarda, deixar que as dores sejam curadas
com mercúrio-cromo e sorrisos.
às vezes eu tento me cicatrizar,
das feridas que em alguns momentos eu mesma faço,
e vou lá, e me abro, e permito;
nem sempre alivia,
nem sempre as coisas se desenvolvem de maneira a melhorar.
às vezes eu me causo mais dor e me recuso a tomar analgésicos,
me obrigo a ir cada vez mais fundo, procurando a farpa no dedo, incansavelmente.
continuo indo em frente, em frente, frente...
e me frustro quando não chego a lugar algum.
nem volto atrás, nem sei parar, nem tenho que me acompanhe.
Só, vou.

Nenhum comentário: